Boa tarde amigos virtuais que muito me considera, estou aqui para neste meu mundo virtual expor mais ainda mais detalhes do meu processo de evolução. Ainda passo por problemas em casa, na faculdade, na família, mais me encontro seguro que eu não sou o perfeito, mais tento sempre anda conforme as leis do cosmo.
Eu que vivo em cima de teorias da melhor condição humana estou agora aos meus 30 anos vendo que nem tudo é o azul que queremos que seja, que os seres estão cada dia mais perdido neste planeta. Eu vejo issodentro de minah casa, vejo isso na rua, vejo isso e não me calo, não faço como pessoas rídiculas que para a sociedade vivem uma vida de mediocridade e ignorância.
Penso, porém existo e logo sei que eu poderia viver uma vida meio Alex, este personagem do filme laranja mecânica e acabar de vez com a hipocrisia dessa humanidade que se encontra no mundo hoje. Não quero aqui globalizar o mundo no todo, mais sim informar que a grande maioria é necessáriamente podre.
A faculdade ao qual tento me forma está repleta de seres humanos tão iguais e idiotas que me vejo no desejo de terminar logo este curso para continuar minha caminhada. Sou assim gente, um ser que não tem a ganância e a inverdade dentro de mim e vivo sim , meu mundo, mesmo sabendo que este não faz parte dos padrões sociais que hoje me encontro.
Seria legal ser um Alex no mundo e viver tirando onda de pessoas nesse patamar, hoje não tou querendo me expressar muito para não chocar demais, me encontro entalado com desabafos, sobre o qual não vem ao caso falar agora, entrego eles a supremo que emana energias para este planeta.
Hoje indico dois filmes antigos mais que muito representa o que sinto e o que estou passando:
1. O primeiro é laranja mecânica, no qual me faz ver o ser que eu poderia ser, mais optei por não querer, ainda vou demostrar ele em alguma situação,s egue ai um pouco e espero que vocês assitam e quem já viu , reveja para observar detalhes tão ricos dentro desta obra.
Um tratamento de choque condiciona os impulsos de um homem agressivo, fazendo-o mudar de comportamento. Esse é o ponto que mais nos interessa em A Clockwork Orange (Laranja Mecânica, Stanley Kubrick, 1971), um filme que retrata o comportamento “hipotético” de uma sociedade do século XXI. Nessa sociedade, as leis parecem não mais funcionar e o governo busca novas formas de reintegrar o homem mau à sociedade, tornando-o bom. Para tanto, utiliza-se de mecanismos técnicos e psicológicos na indução do comportamento de Alex (Malcolm McDowell), preso por estupro e assassinato. O “novo” indivíduo resultante desse condicionamento é como uma laranja mecânica: “something wich was capable of taste, colour, richness and sweetness like an orange (a person) could be turned into a robot or na automaton that obeyed purely mechanical or reflex driven laws.” Alex é um exemplo claro de um cyborg interpretativo. Não há necessariamente uma fusão entre máquina e carne, mas uma absorção da mídia pelo corpo e sua alienação, que no caso é superficial, já que o inconsciente de Alex permanece o mesmo de outrora, quando saía às ruas mascarado, acompanhado de seus “drugues” (bando de vândalos), assaltando, espancando, estuprando e matando pessoas. Essa subjetividade controlada é fruto da sociedade do espetáculo. Ao se dispor a servir como cobaia de um projeto que pretendia “curar” os fora-da-lei, devolvendo-os saudáveis à sociedade e esvaziando os presídios superlotados, Alex foi obrigado a assistir a diversas cenas de violência. Essas cenas retratavam todos os seus atos de crueldade. Preso por uma camisa de forças, fios foram ligados a seu corpo. Duas pinças mantinham seus olhos sempre abertos. Sob o efeito de substâncias químicas, Alex também assistiu a cenas do nazismo ao som da Nona Sinfonia de Beethoven. Alex começa a sentir náuseas. Como ouvir a música que tanto gostava acompanhada de imagens tão cruéis? É o paradoxo: o yin e o yang do personagem vêm à tona. E essa é mais uma das características da cyborgização, da hibridização preconizada por Donna Haraway no Manifest for Cyborgs. Haraway fala de um organismo de identidade cambaleante, metade máquina, metade humano, que rompe a fronteira entre o orgânico e o inorgânico, o físico e o não físico. Nessa simbiose, cai por terra também o dualismo sexual e o mito de um Pai criador (autonomização). Em Laranja Mecânica, a discussão não gira somente em torno desse ponto, mas de questões mais complexas, que partem das consequências do processo de cyborgização. Um religioso que acompanha Alex na prisão polemiza: “A questão é se essa técnica (o tratamento) realmente torna bom um homem. A bondade vem do íntimo. A bondade é uma escolha. Se o homem não pode escolher deixa de ser um homem.” Isso reflete a autonomização da técnica: o homem não tem muito escolha se aquela técnica promete salvar sua vida, como lembra Ellul. Mas na contemporaneidade, não podemos julgar fatalmente que o homem é “vítima da era moderna” como afirma o personagem de Laranja Mecânica que assiste ao estupro de sua mulher por Alex. “O fim dessa sociedade do espetáculo (ou dessa perspectiva da sociedade do espetáculo) nos remete a novas potencialidades libertadoras para os cyborgs interpretativos das redes, ou como proponho chamar, os ‘netcyborgs’. Os ‘netcyborgs’ têm a possibilidade de esvaziar o controle dos media, que fizeram dessa sociedade do espetáculo uma realidade”. (A. Lemos) Agora, a comunicação não se dá de “um para todos”, mas de “todos para todos”. “Essa conectividade geral parece ser muito difícil de ser instrumentalizada por um poder centralizador e totalitário como no caso de Laranja Mecânica...” Com seu “corpo hipertexto”, os netcyborgs (um cyborg interpretativo) podem assumir diversas identidades na rede (MUDs, IRCs, Usenets, BBS, listas), constantemente atualizadas no ciberespaço. Como símbolo digital, o corpo é livre, ambíguo. Nessa nova sociabilidade (o neotribalismo de Maffesoli), “as diversas comunidades virtuais emergentes desse novo espaço eletrônico que é o ciberespaço, proporcionam emoções coletivas identificadoras, não com o indivíduo preso a uma identidade fechada, mas com “personas” de diversas máscaras”(A. Lemos) A “máscara” plástica e social utilizada por Alex quando sai de casa à noite, assumindo uma outra personalidade que não é a familiar, pode ser uma metáfora dessa sociabilidade. Mas Laranja Mecânica não faz referência direta a esse canal de “todos para todos”, característico “netcyborgização”. A via é mesmo unidirecional e centralizadora: de “um para todos”. O poder das imagens sobre Alex é tão grande que o faz reagir a ponto de chegar ao suicídio. A mídia novamente se apodera de sua imagem: o governo estaria usando métodos politicamente incorretos na libertação de prisioneiros. Pressionado por essa repercussão, o Ministro do Interior que patrocinou o tratamento de Alex oferece-lhe proteção. Enquanto é fotografado ao lado do Ministro, Alex imagina-se numa cena de sexo, assistida publicamente (pessoas aplaudem ao seu redor). O espetáculo midiático vira fantasia. “Estou realmente curado”, contenta-se Alex. Por Roberta Pinto
2. O segundo mostra que eu posso ser assim dentro do meu país e me é tão rico em informações e protestos que me faz ser feliz no que eu me considero e sou
um Edukators
“Os Educadores” (“Die fetten Jahre sind vorbei”, no alemão original) é um dos filmes amplamente aguardados nessa edição do Festival do Rio 2004. A ansiedade se justifica: com um roteiro bem amarrado, reflexivo e conseguindo ser inteligente quando é divertido, o filme distrai e propõe um debate ao mesmo tempo.
A cena inicial mostra bem a proposta: casal rico chega com os filhos em sua abastada mansão e encontra os móveis todos fora de lugar, com o som dentro da geladeira e os soldadinhos que decoram a sala no vaso sanitário. Junto, um bilhete: “Seus dias de riqueza estão contados. Assinado: Os Educadores”. A partir daí conhecemos os três protagonistas, Ian (Daniel Brühl, ator de “Adeus, Lênin” que tem inclusive outro filme no Festival do Rio, “Pra que Serve o Amor Só em Pensamento?") Peter (Stipe Erceg) e sua namorada, Jule (Julia Jentsch). Inicialmente apenas Ian e Peter, aproveitando uma lista de membros do Iate Clube e o conhecimento de um deles sobre sistemas de alarmes, invadem as casas para trocar as coisas de lugar e deixar os bilhetes, “somente para assustar”. Nada é roubado. Logo após, Jule se junta a Ian nas investidas. Quando são confrontados com a necessidade de um seqüestro, os personagens acabam discutindo entre si e com o rico seqüestrado situações de vida, de destino, mudanças de comportamento por causa de dinheiro e que fim levou a rebeldia de outrora no mundo capitalista no qual o planeta se tornou. Durante esses papos-cabeça, forma-se lentamente um triângulo amoroso e os protagonistas se aproximam cada vez mais. O sentimento surge quando as ações dos educadores passam a ser também gradativamente criminais.
Os atores desempenham seus papéis com uma naturalidade agradável e firmeza, dando cada um o desenvolvimento específico apropriado para seus conflitos, complementando habilmente o trabalho do outro. O filme é apenas o segundo trabalho do diretor, Hans Weingartner, (seu primeiro foi “The White Noise”). Weingartner aparece também como co-roteirista, junto com Katharina Held. O ator Daniel Brühl é tido como estrela em ascensão na Europa, visto o enorme destaque em seus trabalhos anteriores supracitados.
A pré-produção conta com histórias interessantes em si: o diretor, neurocirurgião formado de apenas 33 anos, teve que usar o dinheiro da hipoteca da casa dos pais (oferecido pelos mesmos) para ajudar a conseguir o já baixo orçamento do projeto. O resultado não poderia ter sido melhor: concorrendo esse ano no Festival de Cannes, (onde o diretor chamou seu trabalho carinhosamente de “filminho guerrilheiro”, pelo esforço para chegar com ele até onde chegou), “Os Educadores” foi o filme-surpresa do Festival, mobilizando a crítica e sendo ovacionado de pé durante dez minutos no dia da estréia oficial. Segundo o próprio diretor Hans Weingarter, uma de suas grandes influências foi exatamente Michael Moore, com quem dividiu o tapete vermelho do evento francês na competição desse ano; e onde Moore foi vitorioso com seu “Fahrenheit 11/9”.
Mas como o diretor veio da formação neurocirúrgica para o cinema? Ele explica: “Quando eu tinha 14 anos, meus pais tinham uma pequena câmera de vídeo. Eu e meus amigos fazíamos filmes malucos. Depois da escola, eu entrei para a faculdade de cinema em Viena, mas fiquei apenas seis meses, pois não gostei. Outras coisas pareciam ser muito mais interessantes. Pra que saber como fazer um filme se eu não sei sobre o que? Eu estava particularmente interessado em como a mente funcionava. Por isso comecei a estudar neurociência.”. Outro dado interessante sobre o filme “Os educadores” é o de que o personagem de Daniel Brühl (Ian) representa ninguém menos que o alter ego de Hans: “Quando eu tinha 20 anos, eu era um jovem zangado que queria a revolução mundial na hora. Mas eu não encontrei ninguém que se juntasse a mim. (...) Ian é meu alter ego, mas ele é muito mais bem-sucedido em canalizar sua energia revolucionária do que eu. Então, de certa maneira, eu sou um típico cineasta: você falha na sua vida real e tenta compensar isso através dos seus filmes. Mas Ian tem muito mais coragem que eu para certas coisas, como invadir a mansão dos outros, por exemplo. Eu acho que o único valor da sociedade mundial hoje é o econômico; os outros não existem mais. Temos que achar nossos próprios valores. A cultura do consumismo leva ao isolacionismo. Se você está só, tende a consumir mais e fica mais facilmente controlável. Por isso deveríamos nos apoiar mais em relacionamentos e amizades. Formando grupos que juntos podem desafiar o sistema. Essa é a minha mensagem favorita do filme. Mas também concordo que você não deve esquecer de ter humor. A vida é muito absurda e temos que rir sempre.”
Sobre a clara intimidade entre os atores, que gera a cumplicidade entre os personagens, o diretor comenta: “Foi a direção que dei à eles; eu quis eliminar o medo do set de filmagem. Queria que os atores sentissem que tudo estava valendo. E quando selecionei o elenco, preferi atores que têm clara facilidade com a improvisação; o que significa que eles não têm medo de se deixar levar pelo momento.”
O sucesso de “Os Educadores” foi tamanho que o diretor já recebeu convites para trabalhar nos Estados Unidos, mas ele ainda não sabe se irá aceitar. No futuro mais imediato, planeja repetir a dobradinha com o ator Daniel Brühl.
Vale a pena enfrentar as enormes filas dos grandes filmes no Festival do Rio para assistir aos “Educadores” em ação. De fato, você sai do cinema e apre(e)nde alguma coisa.
A cena inicial mostra bem a proposta: casal rico chega com os filhos em sua abastada mansão e encontra os móveis todos fora de lugar, com o som dentro da geladeira e os soldadinhos que decoram a sala no vaso sanitário. Junto, um bilhete: “Seus dias de riqueza estão contados. Assinado: Os Educadores”. A partir daí conhecemos os três protagonistas, Ian (Daniel Brühl, ator de “Adeus, Lênin” que tem inclusive outro filme no Festival do Rio, “Pra que Serve o Amor Só em Pensamento?") Peter (Stipe Erceg) e sua namorada, Jule (Julia Jentsch). Inicialmente apenas Ian e Peter, aproveitando uma lista de membros do Iate Clube e o conhecimento de um deles sobre sistemas de alarmes, invadem as casas para trocar as coisas de lugar e deixar os bilhetes, “somente para assustar”. Nada é roubado. Logo após, Jule se junta a Ian nas investidas. Quando são confrontados com a necessidade de um seqüestro, os personagens acabam discutindo entre si e com o rico seqüestrado situações de vida, de destino, mudanças de comportamento por causa de dinheiro e que fim levou a rebeldia de outrora no mundo capitalista no qual o planeta se tornou. Durante esses papos-cabeça, forma-se lentamente um triângulo amoroso e os protagonistas se aproximam cada vez mais. O sentimento surge quando as ações dos educadores passam a ser também gradativamente criminais.
Os atores desempenham seus papéis com uma naturalidade agradável e firmeza, dando cada um o desenvolvimento específico apropriado para seus conflitos, complementando habilmente o trabalho do outro. O filme é apenas o segundo trabalho do diretor, Hans Weingartner, (seu primeiro foi “The White Noise”). Weingartner aparece também como co-roteirista, junto com Katharina Held. O ator Daniel Brühl é tido como estrela em ascensão na Europa, visto o enorme destaque em seus trabalhos anteriores supracitados.
A pré-produção conta com histórias interessantes em si: o diretor, neurocirurgião formado de apenas 33 anos, teve que usar o dinheiro da hipoteca da casa dos pais (oferecido pelos mesmos) para ajudar a conseguir o já baixo orçamento do projeto. O resultado não poderia ter sido melhor: concorrendo esse ano no Festival de Cannes, (onde o diretor chamou seu trabalho carinhosamente de “filminho guerrilheiro”, pelo esforço para chegar com ele até onde chegou), “Os Educadores” foi o filme-surpresa do Festival, mobilizando a crítica e sendo ovacionado de pé durante dez minutos no dia da estréia oficial. Segundo o próprio diretor Hans Weingarter, uma de suas grandes influências foi exatamente Michael Moore, com quem dividiu o tapete vermelho do evento francês na competição desse ano; e onde Moore foi vitorioso com seu “Fahrenheit 11/9”.
Mas como o diretor veio da formação neurocirúrgica para o cinema? Ele explica: “Quando eu tinha 14 anos, meus pais tinham uma pequena câmera de vídeo. Eu e meus amigos fazíamos filmes malucos. Depois da escola, eu entrei para a faculdade de cinema em Viena, mas fiquei apenas seis meses, pois não gostei. Outras coisas pareciam ser muito mais interessantes. Pra que saber como fazer um filme se eu não sei sobre o que? Eu estava particularmente interessado em como a mente funcionava. Por isso comecei a estudar neurociência.”. Outro dado interessante sobre o filme “Os educadores” é o de que o personagem de Daniel Brühl (Ian) representa ninguém menos que o alter ego de Hans: “Quando eu tinha 20 anos, eu era um jovem zangado que queria a revolução mundial na hora. Mas eu não encontrei ninguém que se juntasse a mim. (...) Ian é meu alter ego, mas ele é muito mais bem-sucedido em canalizar sua energia revolucionária do que eu. Então, de certa maneira, eu sou um típico cineasta: você falha na sua vida real e tenta compensar isso através dos seus filmes. Mas Ian tem muito mais coragem que eu para certas coisas, como invadir a mansão dos outros, por exemplo. Eu acho que o único valor da sociedade mundial hoje é o econômico; os outros não existem mais. Temos que achar nossos próprios valores. A cultura do consumismo leva ao isolacionismo. Se você está só, tende a consumir mais e fica mais facilmente controlável. Por isso deveríamos nos apoiar mais em relacionamentos e amizades. Formando grupos que juntos podem desafiar o sistema. Essa é a minha mensagem favorita do filme. Mas também concordo que você não deve esquecer de ter humor. A vida é muito absurda e temos que rir sempre.”
Sobre a clara intimidade entre os atores, que gera a cumplicidade entre os personagens, o diretor comenta: “Foi a direção que dei à eles; eu quis eliminar o medo do set de filmagem. Queria que os atores sentissem que tudo estava valendo. E quando selecionei o elenco, preferi atores que têm clara facilidade com a improvisação; o que significa que eles não têm medo de se deixar levar pelo momento.”
O sucesso de “Os Educadores” foi tamanho que o diretor já recebeu convites para trabalhar nos Estados Unidos, mas ele ainda não sabe se irá aceitar. No futuro mais imediato, planeja repetir a dobradinha com o ator Daniel Brühl.
Vale a pena enfrentar as enormes filas dos grandes filmes no Festival do Rio para assistir aos “Educadores” em ação. De fato, você sai do cinema e apre(e)nde alguma coisa.