quarta-feira, 28 de março de 2007

minha primeira postagem...


Bem estou colocando aqui minha primeira postagem neste blog, que espero seja menos desprezado do que o antigo que eu possuia no terra.

Vou me dedicar mais aos meus escritos, tou sem net e por isso tão distante do mundo virtual, mais nada que eu não resolva. Espero poder me dedicar mais aos demais que aqui visitam, criticam, elogiam e tudo forma sentimento exposta aqui pelos meus admiradores

Tou de volta ao meu blog, a net, a vida, tou voltando para os mais estranhos prazeres, tou vivo.
Primeiro quero agradecer a paciência de todos por minha falta de atenção e respeito, pois quando você opta por uma caminho como este virtual , temos a obrigação de escrever sempre, sempre e sempre...
Bem um ano muito bom este que passou. Tou muito feliz com os acontecimentos e muito feliz ainda com o aprendizado.
Vamos a uma pequena lembrança do que passei, bem vou colcoar o mais importante.
1. Coloquei uma franquia de uma financeira, que me ta sendo útil no ramo profissional, mais não desejo que isto seja minha eternidade e sim um caminho para meu inicio de projetos.
2. Arrumei um namorado bem legal depois de ter passado por um acontecimento platônico e díficil, foi lucrativo em maturidade, mais também foi desgastante e cansativo. Tudo que passei com ele foi lucrativo, até os momentos maus, mais ele se foi e Deus me colocou outra pessoa para superar.
3. fui para sampa ver o tim festival 2007 e foi do caralho, revir um monte de gente que mora lá e faz falta
4. fui assaltado e espancado e além do mais iluminado por Deus pois minha cura foi rápida e feliz
5. Conheci muita gente legal
6. sou Feliz
7. Ampliei meus conhecimentos religiosos
8. Fiz muito sexo e tomei muita cerva
9. Perdoei seres menos evoluidos e com isso engrandeci minha ideologia
10. Decididamente sou gay..... se fodam o resto

Obrigado e espero que todos continuem lendo e lendo muito mais, que em 2007 eu escreva com mais carinho e paciência tudo que for interessante e curioso.




Essa semana assistir ao filme O céu de Suely e indico a todos vocês a perfeição e a delicadeza que como é mostrado a mulher decidida e ativa.


Após ser abandonada pelo namorado, uma jovem decide rifar seu corpo para conseguir dinheiro suficiente para se mudar. Dirigido por Karim Aïnouz (Madame Satã).
Hermila (Hermila Guedes) é uma jovem de 21 anos que está de volta à sua cidade-natal, a pequena Iguatu, localizada no interior do Ceará. Ela volta juntamente com seu filho, Mateuzinho, e aguarda para daqui a algumas semanas a chegada de Mateus, pai da criança, que ficou em São Paulo para acertar assuntos pendentes. Porém o tempo passa e Mateus simplesmente desaparece. Querendo deixar o lugar de qualquer forma, Hermila tem uma idéia inusitada: rifar seu próprio corpo para conseguir dinheiro suficiente para comprar passagens de ônibus para longe e iniciar nova vida.

Esta mulher que Aïnouz sugere não é bem uma mulher que sabe o que quer e que faz a opção pelo caminho mais longo. Ela não tem um sonho idílico, nem anseia por uma libertação, ela simplesmente quer partir porque não consegue ficar.Francesca Azzi (São Paulo)Um céu azul numa imagem pigmentada em super 8, textura pós-digitalizada, colorida, uma música melosa ao fundo, uma mulher está feliz, apaixonada, ziguezagueando. O diretor Karim Aïnouz, depois de 4 anos, troca o mundo underground, violento e vertiginoso de Madame Satã pelo hiper-iluminado e reflexivo céu azul de Suely. Numa quase não-história, já que o enredo pode ser reduzido a duas ou três linhas, uma garota cearense volta a terra natal com muita esperança e um filho no colo. Hermila (Hermila Guedez) traz nos braços Mateus, filho de seu grande amor que promete voltar de São Paulo mas de maneira previsível desaparece.Mais do que os prêmios no Festival do Rio ou a participação no Festival de Veneza, fui seduzida pelas palavras do próprio Aïnouz quando, numa entrevista, disse que imaginou a sua personagem Suely como uma mulher que pudesse ser menos arraigada ao lugar, menos fixa e concretizar o sonho de partir e voltar e partir... Imaginando assim algo não tão frequente na realidade das mulheres, das nossas mães (afinal o cinema pode ser sobre isto, não é? E não precisa estar necessariamente calcado no verossímil). Suely então poderia ser uma personagem feminina que encarnasse este processo tão comum aos homens.Karim Aïnouz tem razão, o fato das mulheres terem filhos, dificulta sua mobilidade no mundo. Fui para o filme com esta idéia: de ver e sentir uma mulher mais volátil e mais liberta das ansiedades que nos fazem dizer não ao movimento, à mudanças e à instabilidade. Mas encontrei na tela, por 100 minutos, mais do que Suely, Hermila.Hermila me lembrou várias mulheres que conheci de perto que deixaram o interior, uma vida inteira pra trás para trabalhar em grandes cidades, elas também deixavam os filhos a mercê de vizinhos, avós e tias, nem sempre tão meigos quanto a avó de Hermila (Zezita Matos) ou a tia (Maria Menezes). No rosto de Hermila, a medida que o tempo passa e o marido não vem a seu encontro, um sorrisinho de desilusão, a dor, a pior delas, a dúvida, a da mulher emocionalmente fragilizada por um abandono, e um estar ali com a mente em outro lugar... Um aqui-agora do sofrimento.Mas a personagem de Hermila que se transmuta em Suely, numa idéia brilhante de "já que eu não quero ser puta" como a bem resolvida Georgina (Georgina Castro) poderia rifar uma "Noite no Paraíso".... com Suely?Assim Hermila é um pouco Suely na sua ânsia por um caminho que nem ela mesmo sabe qual é. Um vazio danado. Esta mulher que sugeriu Aïnouz não é bem uma mulher que sabe o que quer e que faz a opção pelo caminho mais longo. Ela não tem um sonho idílico, nem anseia por uma libertação, ela simplesmente quer partir porque não consegue ficar.Quando parte, me perguntei (juro que sim) se aquele caminho para o sul, a levaria ao encontro de uma revolução interna, se o caminho iria salvá-la desta condição de mulher, imóvel, parideira, a margem do mundo, nordestina e emocionalmente insegura.O "O Céu de Suely" observa esta mulher de tão perto que as vezes eu pensava (juro que sim) "afaste um pouco por favor", são tantos aqueles primeiros planos. O filme que acontece no sertão do Ceará, tem uma fotografia (Walter Carvalho) toda estourada, linda, o céu marcante, o calor, e os pérsonagens são poucos, mas consistentes. O ritmo é o ritmo de Hermila, sua vidinha daqui e dali... um olhar um tanto voyeur, um tanto "deixando o nada acontecer". Mas este "nada", um tempo morto que em tantos filmes nos revelam coisas inigualáveis com Hermila (e claro como atriz iniciante e revelação está bem, muito bem) parecia a mim, não tanto desafiante. Eu me perguntava qual interesse teria nesta personagem, por que Hermila, Suely, por que eu iria querer vê-la de tão perto? A criança que chora e não recebe consolo, a avó nordestina, carinhosa e firme, a tia doce e presente, o ex-namorado (João Miguel está muito bem), a cidadezinha de Iguatu, o Ceará, tudo parecia tão mais interessante do que a própria inquietação de Hermila. Se ao menos ela tivesse revertido todos os sinais, me parece que ficar seria fazer a revolução. Talvez esta mulher "imaginada" por Aïnouz exista muito mais por aí hoje do que nos tempos de nossos pais."O Céu de Suely" - Brasil, 2006, 100 min. Direção: Karim Aïnouz. Elenco: Hermila Guedes, Maria Menezes, Georgina Castro, Zezita Matos, João Miguel, Mateus Alves. Blog Oficial: www.oceudesuely.com.br.


Bem, ao som de The Smiths, cat Power e os demais romãnticos do mundo da música deixo este primeiro post para vcs.

Bjus